Need For Speed Shift (Série)




Ano de lançamento: 2009 / Plataformas: Windows, Mac, PS3, Xbox 360, iPhone, PSP.

Ah... Need For Speed Shift, o game que "salvou" a franquia 'Need For Speed' da beira do abismo. Produzido pela "novata" Slightly Mad Studios e distribuído pela EA Games, NFS Shift vem para mudar completamente o ramo que a série vinha seguindo desde quando o grande meteoro extinguiu os dinossauros: NFS era agora um simulador. "Opa, mas como assim? Um Simulador?" Sim, um simulador! E de console!

Produzir um simulador é algo muito ambicioso, uma vez que você será julgado desde pilotos profissionais da Fórmula 1 e Fórmula GT, até nerds granudos de 14 (ou mais) anos que nunca pegaram num volante de verdade e se dizem mais experientes que Michael Schumacher. Pois bem, dentre outros fatores, com tantas dificuldades adiante, a EA Games confiou totalmente uma de suas maiores franquias numa produtora que acabara de sair das fraldas. Mas isso não é uma crítica negativa, muito pelo contrário, a Slighlty Mad Studios fez um ótimo trabalho, e conseguiu fazer uma campanha envolvente (o que é raro em jogos de simulação). Desde à trilha sonora e o menu até o modo carreira e multiplayer, tudo muito bem planejado e bem feito, com uma boa diversidade de eventos e modalidades, o que não torna o game enjoativo (outro ponto fraco na maioria dos simuladores).


Porém, como todo "novo projeto", "nova produtora", "novas ideias", "novo estilo", há seus pontos negativos: o game fica realmente melhor com um volante, pois jogando no joystick ou no teclado, mais parece uma corrida em pista de sabão do que em asfalto de verdade. E é verdade, o carro desliza "mais do que o normal". Outro ponto negativo é o damage: nada real. Não que eu queira sair batendo em tudo e rodando todos (ou queira) num simulador, mas quando um acidente acontece, tudo parece tão "'virtual' demais". E isso me leva a um ponto positivo do game: a possibilidade de durante a carreira você ser um piloto "técnico-especialista", vulgo Ayrton Senna + Sebastian Vettel da vida, fazendo a corrida de modo bonitinho seguindo todas as regras; ou um piloto "agressivo", vulgo Hamilton + Kyle Busch, fazendo mais manobras PIT do que um policial em 50 anos de carreira na highway patrol. Ok, vamos voltar ao assunto do damage. Vamos supor que você,  jogador que procura chegar ao topo do campeonato nem que tenha que passar por cima de tudo e de todos, resolva ser um "piloto agressivo", aderindo ao clube do "It's Hamilton's fault!" e "retirar" todos os outros oponentes da sua frente, de uma maneira ou de outra. Aí, meu amigo, é quando começam seus problemas: carros vão voar. Se você simplesmente resolve "frear" menos na reta para tocar o carro da frente, ele provavelmente vai subir no seu carro, sair voando e começar a capotar freneticamente. É legal, porém irreal. E nada acontecerá com seu carro, como se você nem o tivesse tocado. Ou pode acontecer isto.


Pois bem, não é isso que me fez parar de jogar, muito pelo contrário, eu zerei o jogo com o maior prazer, pois os duelos em Nordschleife são épicos, ainda mais se você estiver no controle de um Bugatti Veyron. Ou ele estiver te controlando, pois Veyron é Veyron. Portanto, recomendo MUITO que, se você não jogou esse game, o jogue, mas fique ciente de possíveis "bugs" ou "irrealidades", que merecem total desconto nela novidade do game, em todos os sentidos. Mesmo que você não goste de simuladores, esse com certeza chamará a sua atenção e te dará horas de diversão. Rimei!


E que rufem os tambores e coloquem uma música épica de ação para a grande sequência de Need For Speed Shift: "NEED FOR SPEED CTRL". OK, brincadeira! "Need For Speed Shift 2". Tão óbvio e clichê, mas é válido. Porém não é simplesmente um "2", e sim um belo de um "2", com a terminação "Unleashed". E nós sabemos que jogos que terminam com "Unleashed" são épicos. Mas será que "Need For Speed Shift 2 Unleashed" faz jus a carregar tal terminação?! E a resposta é mais do que óbvia: sim!


Ano de lançamento: 2011 / Plataformas: Windows, Mac, PS3, Xbox 360 e iPhone.

Com o grande sucesso de NFS Shift, a EA Games, em partes, confiou novamente na Slighlty Mad Studios em criar a sequência do game. Como assim "em partes"? Tudo se explica pela horda de Need For Speeds que tivemos a um tempo atrás. Com medo de algum tipo de retaliação por fãs malvados e ingratos, a EA Games resolveu lançar dois Need For Speeds em um tempo menor que um piscar de olhos: Need For Speed Hot Pursuit (final de 2010), arcade, revivendo as eras de ouro de NFS, fazendo um belo "remake" do mesmo, nas mãos da tão aclamada criadora de Burnout: Criterion Games; e, do outro lado, o mais recente sucesso da franquia: Need For Speed Shift 2 (começo de 2011), simulador, sequência de um dos maiores e melhores simuladores que existem para console, nas mãos da não-mais-tão-novata-assim Slightly Mad Studios. E ainda tivemos o jogo-quase-filme-de-ação "Need For Speed The Run", no final de 2011, arcade, nas mãos da Black Box, a qual quase foi apedrejada pelos fãs por causa do Need For Speed Undercover. E eu gostei do Undercover.


Mas chega de história e vamos ao game em si. Sim, é bom, muito bom, mais do que bom, bom demais. Para não tornar este texto monótono, repetitivo nem draconicamente gigante, vou resumir em algumas linhas o que tem de bom e o que tem de ruim: imaginem tudo que tem de bom em NFS Shift, e dupliquem. Na verdade, tripliquem. Quadrupliquem. Carreira, single-player, multiplayer, eventos, carros, trilha sonora, tudo. Tudo do bom e do melhor. O que já era bom ficou melhor ainda. Ah, e quanto aos defeitos do jogo anterior? Resolvidos. Agora você não mais desliza na pista, muito pelo contrário, nem faz os outros voarem apenas por encostar neles. O damage melhorou, bastante. Embora o damage visual ainda não ficou tão real nem condiz tanto com a realidade (por exemplo você bater a 100 km/h e amassar seu para-choque igual a uma loira com um Prius num estacionamento de supermercado -nada contra, apenas um comentário aleatório-), o damage que importa num simulador (por enquanto) ficou realmente bom. As peças do carro realmente se danificam, os pneus realmente gastam, e até seu motor pode sair voando caso você bata que nem estes caras. E tudo influência no comportamente do seu carro, desde ondulações na pista, até marcas de pneu deixadas no asfalto ao longo da corrida... a qualquer momento de distração você pode rodar e game over. E diferente do game anterior, esse não possui flashbacks ou "Race Driver GRID noob mode on", como diz um amigo. Ou seja: bateu?! Já era, race over, pode dar restart! Mas é claro, você pode mudar toda a dificuldade do game, o que inclui em deixar o damage em full (tudo, mais real), only visual (somente visual) ou em off (sem damage). Por isso QUALQUER um pode jogar esse game, qualquer um!


Os duelos ainda existem no jogo, porém de um modo mais "interessante", os eventos chamados "Old VS New", onde, por exemplo, você escolhe entre correr com uma Corvette atual contra uma Corvette antiga, ou vice-versa. E acredite, a Corvette antiga pode ganhar, pois as pistas escolhidas para tais eventos foram muito bem pensadas, onde a cada trecho um dos carros leva vantagem sobre o outro. Por isso é legal, às vezes, ver um "vovô BMW" fazendo o "netão" comer poeira.


Uma das grandes novidades e inovações no mundo dos games de corrida, principalmente simuladores, é o novo tipo de câmera chamado "Helmet Cam". Como o nome sugere, é uma câmera no capacete do piloto, onde você realmente se sente dentro do carro. A câmera se mexe conforme a cabeça do piloto se mexe, durante curvas por exemplo, durante batidas, ondulações, trepidações, e até a sua visão vai ficando cheia de blur conforme você vai pegando mais e mais velocidade. E cá entre nós, essa é a câmera mais fodelástica num jogo de corrida, não?! Não dá nem vontade de jogar nas câmeras "normais".


Podemos também encher o HUD de coisas, ou retirá-lo completamente durante a corrida. Temos o HUD principal, um HUD principal com menos coisas, um HUD cheio de coisas mostrando tudo que está acontecendo com seu carro, e podemos também deixar sem HUD nenhum. Ótima opção para quem quer encarnar um piloto legítimo, porém torna as coisas meio difícieis pois não há comunicação entre você e sua equipe, pois numa corrida real a equipe fica te falando tudo que está acontecendo durante a corrida. E sem ao menos um HUD simples, você não fica sabendo de absolutamente nada além do que se passa na sua frente e nos seus retrovisores.




E mais uma novidade, que deixei para o final, pois, para quem jogou o primeiro jogo da série foi realmente algo que os produtores "esqueceram": corridas noturnas. Sim! Agora podemos correr de noite, em todas as pistas. Não só de noite, mas lá pro pôr-do-sol também. E é muito difícil, assim como na vida real, a iluminação é baixa, e você conta apenas com as luzes do seu carro e alguns postes de iluminação durante o trajeto.



Acho que o único "ponto negativo" do game é ele ser "sério demais". Digamos que, para você realmente ser um "fodelão das pistas", em apenas uma única corrida é necessário ter 100% da best line e dominar todas as curvas. Tanto de dia, quanto de noite. O que torna irritante certas vezes, principalmente se você não joga num volante, assim como eu. E também não há mais nenhum tipo de bônus em sair batendo em todo veículo automotor que vemos pela frente, pois agora você só pode (e deve) ser o tipo "técnico". Chato?! Não! Pois para completar o modo carreira e as demais corridas, não precisa seguir nada disso à rígido. Pode sair correndo que nem o Papa-Léguas e pode "causar um acidente" em todos os outros carros que você ainda pode zerar e jogar sem problemas. O que também é bom, pois os adversários nesse jogo também são meio "agressivos", e se tiverem que esbarrar ou tocar em você para te passar, pode ter certeza que eles irão! Então é até melhor, pois te cresce um sentimento de ira e fúria, que apenas passarão depois da vingança contra eles. Sim, o jogo é envolvente nesse tanto. Joguem logo!

E uma dica de ouro é que: Shift 2 Unleashed fica tão bom num joystick quanto num volante. Existe um configurador de dirigibilidade, sensibilidade e tudo mais no menu em opções, ou seja, para cada tipo de controle você pode configurar da maneira que achar melhor, ou "mais real". Certo, nerds granudos?!

E outra coisa MUITO bacana que a série Shift nos trouxe foram os Speedhunters. Em uma breve apresentação, nada mais é do que o time de corrida real de Need For Speed. Sim, agora a série Need For Speed possui um time de vários pilotos de diversas modalidades (pilotos esses que você desafia no Shift 2 e pode ganhar os carros deles), desde Drift até GT1. Mais informações podem ser conferidas aqui.


Agora ficou mais legal assistir corridas e você já sabe pra quem torcer. Team Need For Speed na veia! \,,/

Plataformas que joguei: Shift = Xbox 360, PC / Shift 2 Unleashed = Xbox 360, PS3

Pois então galera, ambos os jogos (ou seja, a série toda até então), me renderam horas de divertimento até zerar o game. E podem ter certeza, que vocês aprendem coisas que podem usar até na vida real (experiência própria)! Portanto, aconselho MUITO a jogarem Need For Speed Shift para entrarem no clima da série e da simulação, e logo em seguida partir para o muito-mais-longo-e-difícil Need For Speed Shift 2 Unleashed, o MELHOR simulador de console que existe, pois diferente de muitos outros ele realmente simula as condições reais e dirigibilidade real, e te dá toda a sensação de ser um piloto de verdade por pistas ao redor de todo o Mundo! Até a próxima e que venha Need For Speed Shift 3 (quem sabe)!






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